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  • Lula afirma que Brasil vai para Opep + para influenciar transição energética

    Lula afirma que Brasil vai para Opep + para influenciar transição energética

    O Brasil vai participar da Organização dos Países Produtores de Petróleo Plus (Opeo+), que reúne grandes produtores de petróleo mais os seus aliados, para poder influenciar na transição energética, informou neste sábado (2) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A transição energética pretende substituir o consumo de combustíveis fosseis por energia renovável para reduzir o aquecimento do planeta. 

    “Acho importante a gente participar porque a gente precisa convencer os países que produzem petróleo que eles precisam se preparar para o fim dos combustíveis fósseis e se preparar significa aproveitar o dinheiro que eles lucram com o petróleo e fazer investimentos para que os continentes Africano e a América Latina possam produzir os combustíveis renováveis que eles precisam, sobretudo o hidrogênio verde. Porque se não criar alternativa a gente não vai poder dizer que vai acabar com combustível fóssil”, explicou.

    Criada em 1960, a Opep atualmente tem 13 membros, entre eles, Arábia Saudita, Venezuela, Iraque, Irã, Kuwait, Nigéria e Angola. Já a Opep + reúne outros dez países aliados dos membros permanentes, entre eles, estão Rússia, México, Malásia e Sudão. 

    O presidente Lula disse que o Brasil não vai ter poder de decisão no famoso cartel do petróleo e que vai participar mais como um observador. “Muita gente ficou assustado com a ideia de que o Brasil vai participar da Opep. O Brasil não vai participar da Opep, vai participar da Opep Plus, que nem eu participo do G7, é o G7 Plus. Eu escuto e só falo depois de eles tomarem a decisão, não apito nada”, destacou. O G7 reúne as sete maiores economias do planeta e o Brasil costuma participar como parceiro. 

    A declaração ocorreu em evento junto com a sociedade civil do Brasil reunida em Dubai, no Emirados Árabes Unidos, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP28). 

    Hidrogênio Verde 

    O hirogênio verde, citado pelo presidente Lula em sua fala sobre a Opep +, tem sido apontado por especialistas como uma possível alternativa aos combustíveis fósseis e o Brasil tem se apresentado como um possível grande produtor desse tipo de combustível. 

    No último dia 29 de novembro, o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou o marco legal para produção do hidfrogênio verde. O projeto prevê a adoção de incentivos fiscais para a produção, com a criação do Regime Especial de Incentivos para a Produção de Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono. O texto precisa ainda ser aprovado no Senado. 

  • 2023 deve ser o ano mais quente em milênios, diz órgão da UE

    2023 deve ser o ano mais quente em milênios, diz órgão da UE

    O mês de outubro foi o mais quente já registrado e, com isso, já é “praticamente certo” que o ano de 2023 entrará para a história como o mais quente dos últimos 125 mil anos, afirmou nesta quarta-feira (08) o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), órgão da União Europeia (UE). Até então, o outubro mais quente havia sido registrado em 2019. Desta vez, a temperatura média no mês de outubro ficou 0,4º C acima do recorde anterior, e 1,7º C acima da média no período pré-industrial – já o ano de 2023 está, segundo o Copernicus, 1,43º C acima dessa marca.

    No Brasil, enquanto a seca este ano transformou paisagens exuberantes como as da Amaz?ônia  de uma forma nunca antes vista – com rios registrando níveis baixos históricos e a morte dos icônicos botos cor-de-rosa –, outras áreas no Sul e Sudeste do país continuaram a experimentar um volume de chuvas anormal, que causou prejuízos à região. No mundo, partes dos Estados Unidos e do México também enfrentaram seca severa em outubro, como na Síria onde um leito de um rio secou revelando a pior seca em anos (foto), enquanto outras áreas do globo sofreram o impacto de tempestades e ciclones avassaladores, segundo o CS3.

    Foto: Reprodução / Rami Alsayed – NurPhoto – Picture Alliance)