Agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público e policiais civis desencadearam essa operação na nossa cidade vizinha de Teresópolis a fim de cumprir 22 mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra integrantes do Comando Vermelho que atuam na cidade. Ao todo, 22 pessoas foram denunciadas pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico com participação de adolescentes. Os mandados foram cumpridos em diversos bairros de Teresópolis, na capital fluminense de onde vem as drogas e também nos presídios onde seis dos réus se encontram presos.
O grupo reproduzia em Teresópolis as práticas comuns em comunidades do Rio de Janeiro, como o domínio territorial com a intimidação de moradores e o uso de violência contra inimigos. Entre os denunciados está Carlos Eduardo Santos da Silva, apontado como uma das principais lideranças do Comando Vermelho no interior do estado. Ele será transferido para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), no Presídio de Segurança Máxima Bangu 1, na zona oeste do Rio de Janeiro.
Mais de mil agentes atuaram nessa megaoperação de combate a uma quadrilha envolvida com tráfico de animais silvestres, armas e crimes ambientais. O Rio de Janeiro se tornou, com isso, o estado que realizou a maior operação no país contra esse tipo de tráfico. A ação é resultado de um ano de investigações. As apurações revelaram uma organização criminosa de grande porte, com atuação em diversas regiões do Rio e conexões em São Paulo e Minas Gerais. Os agentes foram cumprir mais de 40 mandados de prisão e 270 de busca e apreensão.
As ações se concentraram na capital, Baixada Fluminense, Região Metropolitana, Região Serrana, Região dos Lagos e em estados vizinhos. Ao todo, 145 criminosos foram identificados. A quadrilha possui uma estrutura composta por caçadores, atravessadores, falsificadores e traficantes de armas. Os caçadores atuavam diretamente em áreas de proteção ambiental. Dezenas de animais foram resgatados. Para acolher os animais uma base foi montada na Cidade da Polícia no Rio de Janeiro, onde receberam atendimento veterinário.
O Ministério Público estadual ajuizou ação civil pública, com pedido de liminar, contra o Município de Teresópolis para suspender o show do cantor Leonardo, previsto amanhã, domingo (21/09), ao custo de R$ 800 mil aos cofres públicos. O motivo alegado pelo MP para cancelar o show é que o município de Teresópolis decretou recentemente estado de calamidade financeira, reconhecendo dívidas de aproximadamente R$ 700 milhões, além de haver atrasos no pagamento de salários de servidores, de verbas rescisórias e de repasses de recursos para hospitais conveniados ao SUS e como, então, diante de um quadro como esse, resolve pagar um show nesse valor.
O promotor de Justiça Rafael Luiz Lemos de Sousa, que atua no caso, disse que a medida “não se trata de impedir manifestações culturais, mas de coibir gastos desproporcionais enquanto serviços básicos permanecem desassistidos”. Diante dos fatos, o Ministério Público pede a suspensão imediata do show e requer informações da prefeitura para que apresente explicações sobre esse gasto.
Policiais da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Fazenda (Delfaz) e agentes da Corregedoria do Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Detro), deflagraram uma operação com objetivo de investigar fraudes no sistema de multas aplicadas a empresas permissionárias que fazem o transporte intermunicipal. A investigação começou em abril a partir de uma denúncia encaminhada pelo Detro, que apontava a atuação irregular de um servidor lotado no departamento.
A suspeita é de que o preso adulterou boletos bancários utilizados para pagamento de multas que são aplicadas a essas empresas. O servidor teria manipulado o sistema para reduzir em até 60% os valores das multas. A operação foi para cumprir mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao servidor a fim de buscar provas que comprovem o esquema criminoso. As investigações prosseguem para identificar outros envolvidos e as empresas que se beneficiaram do esquema.
A mobilização nacional para ampliar a vacinação contra o papilomavírus humano (HPV), uma das infecções virais mais comuns que pode afetar homens e mulheres terá destaque em Nova Friburgo a partir de outubro. O município aderiu à estratégia do Ministério da Saúde, que prorrogou até dezembro a campanha destinada a adolescentes e jovens de 15 a 19 anos.
A meta nacional é imunizar, até o fim do ano, sete milhões de adolescentes que não receberam a vacina na idade recomendada, entre 9 e 14 anos. As doses serão aplicadas nas escolas e também haverá um Dia D de imunização nos postos de saúde. A mobilização terá início em 7 de outubro, no Colégio Estadual Padre Franca, no distrito de Mury, e seguirá com outras duas ações, nos dias 14 e 21 de outubro, em escolas a serem confirmadas.
Está programado para 18 de outubro o Dia D de vacinação quando as cinco salas de vacinação dos postos de saúde do município estarão abertas das 8h às 16h30. Atualmente, a vacina contra o HPV já está disponível em cinco unidades básicas de saúde em Conselheiro Paulino, Olaria, São Geraldo, Cordoeira e no Centro, sempre de segunda a sexta, de 8h às 16h.
Com a implantação do novo sistema de bilhetagem eletrônica em Nova Friburgo, os passageiros precisam ficar atentos para solicitar o cartão chamado Partiu, que passa a ser usado nos ônibus e vans da Faol. O novo modelo substitui totalmente o Riocard, que será aceito apenas até o dia 18 de novembro, depois disso vai perder a validade. Para adquirir o Cartão Partiu que vem em 3 modalidades (Comum, Vale-transporte e Gratuidades), o usuário pode ir a um dos 20 pontos credenciados cuja lista está no site www.cartaopartiu.com.br ou diretamente na loja do Partiu na rua Doutor Ernesto Brasílio, 39, no Centro, o mesmo endereço da antiga loja Riocard Mais. O atendimento é de 7h às 19h. Mais informações pelo número 4003-6365. O novo sistema traz uma novidade que é o Partiu App que você baixa no celular e acompanha a localização dos ônibus em tempo real.
Policiais da Delegacia de Petrópolis prenderam o homem acusado de ter roubado e assassinado o taxista Nelson Kappaun, de 83 anos, encontrado morto na terça-feira passada na rodovia BR-040, em Petrópolis. O corpo apresentava marcas brutais de agressão e a principal linha de investigação foi desde o início de latrocínio (roubo seguido de morte), já que o carro da vítima foi levado. O suspeito, que não teve o nome divulgado, foi preso na sua casa em Jardim Marília, em Magé, na Baixada Fluminense.
Nelson foi visto pela última vez, saindo de um ponto de táxi, no centro de Petrópolis. Ao que tudo indica, durante a viagem, ele foi surpreendido e agredido pelo bandido que lhe deu socos e usou um objeto perfurante, possivelmente, uma faca para atingi-lo. O criminoso deixou o corpo do idoso na beira da estrada e seguiu com o táxi roubado por mais alguns quilômetros, antes de abandoná-lo. Contra ele, foi cumprido um mandado de prisão temporária por latrocínio.
Alexandre de Moraes, o relator do caso, foi 1º a votar e apontou ex-presidente como líder de organização criminosa. Flávio Dino sugeriu pena menor para parte dos réus. Luiz Fux vota amanhã.
O Ministro Alexandre de Moraes, o relator, foi o primeiro a votar pela condenação de Jair Bolsonaro e dos demais sete réus pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado. Nos crimes de dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado, Moraes votou pela condenação de sete acusados. A exceção foi o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), por quem a Câmara dos Deputados suspendeu a tramitação da ação nesses pontos.
Segundo Moraes, Bolsonaro – atualmente preso em regime domiciliar – liderou uma organização criminosa que tinha um projeto autoritário de poder e agiu para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
PROVAS
Moraes fez uma cronologia e de maneira bem didática foi descrevendo o que ele chamou de atos preparatórios e executórios que, segundo ele, comprovam a tentativa de golpe:
Live de julho de 2021: Bolsonaro atacou as urnas sem provas. “A live foi mais um ato executório”, disse Moraes.
Reunião ministerial de julho de 2022: encontrada no computador de Mauro Cid, foi classificada como “confissão” de integrantes.
Reunião com embaixadores (julho de 2022): Moraes chamou o encontro de “entreguismo” e de “tentativa de retorno à posição de colônia”.
Operações da PRF no 2º turno de 2022: Moraes afirmou que foram dirigidas contra eleitores de Lula e que a cronologia mostrou o “absurdo total” da conduta.
O SEGUNDO VOTO
Foi do ministro Flávio Dino que votou pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus por golpe de Estado. Com isso, o julgamento na Primeira Turma da Corte tem placar de 2 a 0 pela condenação. Dino fez uma ressalva em relação ao voto de Moraes: para ele, as penas dos réus Alexandre Ramagem, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira devem ser menores, pelo fato de eles terem menor participação na trama golpista. Os ministros votaram para condenar Bolsonaro e os demais 7 réus também pelos crimes de abolição do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. Eles ainda votaram pela condenação pelos crimes de dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado — menos para o réu Alexandre Ramagem.
Além de Dino e Moraes, os demais ministros da Turma – Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, presidente do colegiado – ainda precisam se posicionar. A expectativa é de que o julgamento seja concluído até a próxima sexta-feira (12). Como a Primeira Turma tem cinco ministros, se três votarem pela condenação já é formada maioria para tornar o réu culpado. Ao iniciar seu voto, Dino afirmou que a Constituição precisa estar preparada para enfrentar ameaças internas. “Ela surge para evitar os cavalos de Tróia, pelos quais, no uso das liberdades democráticas, se introduzem vetores de destruição dela própria”, disse.
Dino frisou que o julgamento segue parâmetros normais. “Esse julgamento não é excepcional, não é um julgamento diferente dos que nossos colegas fazem país afora”, afirmou. O ministro também ressaltou que crimes contra o Estado Democrático de Direito são imprescritíveis e não podem ser objeto de indulto ou anistia. “Esses crimes já foram declarados pelo plenário do Supremo Tribunal Federal como insuscetíveis de indulto, de anistia. Não cabe falar em extinção da punibilidade”, disse.
Cantora e compositora marcou gerações com sua voz rouca, canções intensas e personalidade irreverente, tendo sido a primeira cantora a assumir que era lésbica. ‘Amor, Meu Grande Amor’ foi um de seus maiores sucessos.
A cantora e compositora Angela Ro Ro morreu, na manhã desta segunda-feira (8), aos 75 anos. Dona de uma voz inconfundível e de um estilo que misturava blues, samba-canção, bolero e rock, ela foi um dos nomes mais autênticos da MPB. Angela estava internada desde junho no Hospital Silvestre, no Cosme Velho, na Zona Sul do Rio, com uma infecção pulmonar grave. Desde então, teve uma série de complicações e chegou a passar por uma traqueostomia. Segundo o advogado Carlos Eduardo Lyrio, recentemente ela teve uma nova infecção e, na manhã desta segunda, não resistiu. Na certidão de óbito, a causa da morte consta como infecção generalizada e pneumonia bacteriana.
Nascida Angela Maria Diniz Gonsalves, ela recebeu o apelido de Ro Ro ainda na infância, por causa da voz grave. Começou a estudar piano clássico aos 5 anos e, anos depois, se consagraria como uma das artistas mais originais do país. Começou a carreira na década de 1970, depois de uma viagem para a Itália, onde conheceu o cineasta Glauber Rocha. Depois, se mudou para Londres, onde foi faxineira em um hospital, garçonete e lavadora de pratos num restaurante, além de fazer algumas apresentações em pubs. Na volta ao Rio, começou a se apresentar em casas noturnas e foi contratada pela gravadora Polygram/Polydor – atual Universal Music.
Angela Ro Ro deixa grandes e eternas canções com a voz rouca e a tristeza que o amor lhe deu na ‘vida louca vida’. O primeiro sucesso nacional veio em 1980, quando, vestida de smoking, cantou sozinha no palco do Teatro Fênix o clássico “Amor, Meu Grande Amor”, música que revelou ao país uma artista que falava de sentimentos pelo olhar das mulheres. No mesmo programa, dividiu o palco com a veterana Angela Maria. Ao longo da trajetória, influenciada por nomes como Ella Fitzgerald, Maysa e Elis Regina, Ro Ro criou uma obra que foi também abraçada por outros grandes artistas.