Google lança sua inteligência artificial Gemini que será capaz de ensinar matemática e programar

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O Google lançou nesta quarta-feira (06/12) o Gemini, modelo de inteligência artificial (IA) que é tratado pela empresa como o mais poderoso já criado por sua equipe. Ele funciona como o “motor” do Bard (concorrente do ChatGPT), mas, por enquanto, está disponível apenas em inglês. A exemplo do ChatGPT, o Bard é um chatbot (robô conversador) que funciona como uma página de bate-papo. Baseado em aprendizado de máquina, ele é capaz de “imitar” humanos ao fornecer respostas a perguntas feitas pelos usuários.

Para gerar mensagens com as informações solicitadas, essas ferramentas usam uma infinidade de textos disponíveis na internet. O Gemini também poderá ser usado por outros aplicativos e na prática vai competir com ferramentas como o GPT-4, o modelo de IA da OpenAI usado no ChatGPT. Segundo o Google, o Gemini superou a capacidade humana em um teste de conhecimento e solução de problemas que combina 57 temas ao todo. A empresa diz que ele se saiu melhor nesse teste do que o GPT-4.

O Google informa que a abordagem para desenvolver o Gemini foi um pouco diferente da adotada em outros modelos de inteligência artificial multimodais, isto significa que conseguem entender ao mesmo tempo diferentes formatos de mensagens, como textos, imagens, áudios e códigos.

O que a inteligência artificial pode fazer?

Segundo o Google, o Gemini será útil em tarefas que exigem mais capacidade de raciocínio. Ele poderá ser usado tanto para ajudar programadores com códigos complexos, quanto estudantes com a lição de casa, por exemplo. Em uma demonstração divulgada pela empresa, o Gemini serviu para analisar a foto de um exercício de física e identificar um erro no cálculo. Graças a essa inteligência artificial, foi possível encontrar a solução correta. Ela também criou problemas semelhantes para o usuário tentar resolver.

A ideia é que ele consiga rodar tanto em infraestruturas grandes, como as de data centers, quanto em dispositivos mais limitados, como celulares. Para atender a esse objetivo, a nova inteligência artificial terá três versões:

Gemini Ultra: Que será voltada para tarefas altamente complexas e será disponibilizada somente em 2024.

Gemini Pro: Que será voltada para rodar uma ampla gama de tarefas e atender a usuários, e que já está sendo liberado pela empresa durante este mês de Dezembro.

Gemini Nano: Que irá rodar diretamente nos dispositivos móveis para os quais foi criado, o que lhe permite funcionar mesmo quando não há internet, para criar resumos de áudios e sugerir respostas inteligentes no WhatsApp por exemplo.

O Gemini é confiável?

O Google admite que, assim como toda IA, o Gemini está sujeito ao problema de alucinação, um erro que faz a resposta de um robô incluir informações incorretas, tendenciosas ou sem sentido. A empresa, no entanto, diz que o Gemini é capaz de fazer as melhores avaliações de segurança de uma IA já criada por sua equipe. O objetivo é que ela seja capaz de evitar conteúdo violento ou estereotipado, por exemplo. A criação do Gemini envolveu ainda o treinamento sobre o que não deve ser exibido aos usuários a partir de um conjunto de 100 mil frases consideradas tóxicas retiradas da internet. Um grupo de especialistas independentes também iniciou os trabalhos para testar os limites da nova IA.

Texto: Lucas Oliveira (Operador de Rádio, Sonoplasta e Responsável Técnico na David Rangel Produções)

Foto: Divulgação Google