Polícia faz buscas em sítio pesquisado na internet pelo bandido, apontado como responsável pelo sequestro de advogada

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Agentes da Delegacia de Petrópolis, com apoio de cães farejadores, fizeram buscas em um sítio em Guapimirim, na Baixada Fluminense, atrás da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy, de 54 anos, desaparecida há quase 3 meses após ter sido sequestrada. A 105 DP (Petrópolis) descobriu que Lourival Correa Netto Fadiga, réu, preso e apontado como mentor do crime, pesquisou o endereço na internet depois de ter comprado uma picape de luxo com parte do dinheiro pago pelo resgate no valor de R$ 4,6 milhões.

Os agentes vasculharam o local com ajuda de cães farejadores das guardas municipais de Petrópolis e Teresópolis e chegaram a cavar partes do terreno, mas nada encontraram. As buscas por Anic continuam, ainda que a polícia acredite que a mulher esteja morta. As investigações apontaram que Lourival usou o Google para levantar informações sobre o sítio em 13 de março, 2 dias depois da data combinada para a libertação de Anic. Em 11 de março, sob orientação dos sequestradores, o marido de Anic, Benjamin Herdy, foi a um shopping na Zona Oeste do Rio, onde a mulher seria solta, enquanto Lourival deixaria R$ 680 mil em uma lixeira no Terreirão, no Recreio dos Bandeirantes. Àquela altura, Benjamin já tinha feito 40 transferências, totalizando R$ 3,3 milhões, além de ter comprado 6,24 bitcoins, ou cerca de R$ 500 mil à época.

A polícia afirma que nesse dia Lourival nem sequer passou pelo Terreirão e foi direto para uma concessionária na Barra da Tijuca, onde comprou essa picape de meio milhão de reais em espécie e uma moto. Também nesse dia, Benjamin recebeu uma mensagem do aparelho de Anic em que ela supostamente diz ter conhecido uma pessoa com quem fugiu e passaria a viver. O setor de Desaparecidos do Disque-denúncia publicou um cartaz pedindo ajuda da população para tentar localizar a advogada.