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–  A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta segunda-feira o projeto de decreto legislativo enviado pelo governo federal que reconhece o estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul até 31 de dezembro de 2024. A medida ainda deve ser aprovada pelo Senado. Com isso, os limites e prazos previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal poderão ser suspensos, facilitando e acelerando o repasse de recursos federais para ajudar a reconstrução do estado afetado pelas enchentes.

– O total de repasses do governo federal ao Rio Grande do Sul com a antecipação do pagamento de emendas parlamentares individuais vai superar 1 bilhão de reais. O estado enfrenta a pior cheia da história com mais de 60 por cento dos municípios atingidos. Na tarde desta segunda-feira, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que os parlamentares gaúchos identificaram cerca de 480 milhões de reais em emendas individuais que podem ser antecipadas.

– A tragédia no Rio Grande do Sul já deixou 85 mortos e 339 feridos, além de 134 desaparecidos. Mais de 200 mil pessoas estão fora de casa, sendo 153 mil desalojados e perto de 48 mil em abrigos públicos. Segundo o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), até amanhã o Congresso votará outras medidas para auxiliar a reconstrução do estado. Dos 497 municípios gaúchos, 385 sofreram algum impacto por conta dos temporais.

– Militares do Exército percorreram a cidade de Canoas, localizada na região metropolitana de Porto Alegre e uma das mais afetadas pelas enchentes, para ajudar moradores ilhados. O grupo encontrou uma família isolada de nove pessoas em uma casa. Os moradores pediram água e comida. Em outro ponto da cidade, com carros submersos e água nos telhados das casas, um outro morador também solicitou comida. Na capital Porto Alegre, mais de 9 mil pessoas estão abrigadas em 60 locais. Há previsão de mais chuva forte para os próximos dias.